A prevenção de obesidade é um dos temas notórios dos últimos anos, principalmente porque, cada vez mais, os jovens apresentam um acúmulo de gordura capaz de reduzir a qualidade e expectativa de vida.
Da mesma maneira, as mudanças ocorridas no estilo de vida, com destaque para os grandes centros urbanos, trazem uma preocupação sobre os impactos na saúde geral do indivíduo. Nesta perspectiva, separei as principais informações sobre os riscos dessa condição, além de sinais de alerta que podem lhe ajudar a identificar o problema o quanto antes. Confira!
Riscos da Obesidade
Obesidade é um termo amplo e que, por vezes, é usado de forma incorreta.
Assim, vale a definição da OMS – Organização Mundial da Saúde: “obesidade é o excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízos à saúde. (…) é considerada obesa quando o IMC é igual ou superior a 30”.
Em outras palavras, existem diferentes classificações antes de chegar a este quadro, como o estar em sobrepeso.
Além disso, pesquisas apontam que os números de obeso triplicaram entre os adultos desde a década de 70 e ficaram cinco vezes maior em crianças e adolescentes.
Pensando nos riscos da obesidade, esse é um dos principais causadores das doenças não transmissíveis e que podem levar o paciente ao óbito, como:
- Diabetes Tipo 2;
- Doenças cardiovasculares;
- Hipertensão;
- Acidente Vascular Cerebral (AVC);
- Apneia do Sono;
- Osteoartrite;
- Diversos tipos de câncer;
- Pedras na Vesícula Biliar;
- Infecção Hepática;
- Problemas nas articulações, etc.
Ou seja, você terá uma “pré-disposição” a desenvolver algumas dessas doenças.
Ao mesmo tempo, além do corpo físico, a obesidade interfere na saúde mental do indivíduo, trazendo outros riscos importantes, como uma dismorfia corporal, baixa autoestima e confiança, isolamento social, transtornos relacionados a ansiedade e depressão.
Justamente por isso, trata-se de uma doença complexa, com vários fatores associados.
Obesidade em crianças e adolescentes
No Dia Mundial da Obesidade, muito se discute sobre as causas que levam crianças e adolescentes a apresentarem sobrepeso. Principalmente por esta ser uma fase mais ativa, ao menos na teoria.
E justamente por isso, tantos pais e responsáveis chegam preocupados aqui no consultório.
Assim como nos adultos, as causas são variáveis e podem envolver diferentes pilares, incluindo o núcleo familiar.
Por exemplo, quando pelo menos um dos pais/cuidadores é obeso, a criança apresenta maiores chances de seguir esse “exemplo”.
Além disso, precisamos lembrar que as crianças e adolescentes passam por diversas alterações físicas e mentais, incluindo a alteração hormonal.
Portanto, ainda não possuem maturidade para escolher entre o que é melhor ou mais “gostoso” para comer, reproduzem aquilo que veem a sua volta (incluindo na TV) e ainda há fatores emocionais.
Hoje, sabemos que a obesidade infantil é comum em crianças que sofreram algum tipo de trauma, como um abuso, violências, restrições exacerbadas e mais.
Da mesma maneira, essas crianças obesas apresentam outros riscos relacionados a obesidade, como bullying, disfunções alimentares, problemas de aprendizado e assim por diante.
Cabe destacar que a depressão infantil existe e precisa de atenção, para que os pequenos voltem a um estado mais saudável, evitando outras complicações.
Sinais da Obesidade
Ao começar o ganho de peso, que não ocorre de uma hora para outra, alguns sinais começam a surgir e podem ser notados ou mesmo confundidos, sendo eles:
- Falta de ar;
- Cansaço rápido, as vezes sem motivo aparente;
- Dores no corpo sem causa justa;
- Inchaço e dores nas pernas, principalmente nos joelhos;
- Pequenos exercícios causam enorme impacto, como uma caminhada.
Então, trata-se de pequenos indícios de ganho de peso, como uma roupa que sempre servia e de repente, não entra mais, um prato que antes saciava e agora não é o bastante.
Frequentemente, a obesidade gera uma compulsão alimentar, mas não se dá conta disso. Por esse motivo, o acompanhamento multidisciplinar é muito importante.
Obesidade – Uma problemática com solução
A partir de todos os riscos de obesidade, tanto físico quanto mentais/emocionais, saiba que existem soluções para evitar esse quadro ou mesmo para combater, caso você esteja apresentando sinais.
Neste cenário, existem 3 pilares fundamentais:
Alimentação
A alimentação é o principal fator associado a obesidade.
Por esse motivo algumas mudanças são fundamentais, como:
- Definição de uma rotina alimentar especifica;
- Alteração no cardápio, optando por uma dieta equilibrada acompanhada por nutricionista;
- Aprendizado sobre alimentação, para uma reeducação alimentar;
- Evitar pedidos de delivery ou alimentos industrializados.
No geral, preparar a comida em casa garante economia, dedicação e conhecimento, para compor os pratos.
Mas atenção, para mudar essa alimentação, o ideal é ter um bom nutricionista ao seu lado.
Atividade Física
Na prática, o corpo humano é uma máquina que precisa de energia (alimento) para funcionar.
Sempre que você não tem um gasto energético suficiente, o seu organismo passa a armazenar aquilo que você ingere, acumulando gordura.
Além disso, o sedentarismo impacta na regulação hormonal e contribui para depressão, ansiedade e estresse.
Portanto, iniciar uma atividade física regular é essencial para mudar o quadro, evitando os riscos da obesidade, com destaque para doenças cardíacas, já que fortalece o coração.
Inicialmente, comece com atividades mais leves, como uma caminhada, ao menos três vezes na semana.
Da mesma maneira, existem algumas outras dicas funcionais para adicionar a rotina, como:
- Evita ao máximo o uso do carro;
- Estacione mais longe das entradas;
- Sempre opte por escadas comuns;
- Faça mais atividades domésticas;
- Faça intervalos na rotina, levante-se e ande um pouco, mesmo que por cinco minutos.
Atendimento Multidisciplinar
Por fim, os riscos da obesidade podem ser amenizados através de um atendimento multidisciplinar, sendo que essa etapa de tratamento é indispensável.
Assim, você deve ter diferentes pessoas que possam te ajudar nesta jornada.
A endocrinologista é quem avalia a necessidade de tratamento com medicamentos ou cirurgia, e acompanha todo o quadro, com exames e supervisões.
Da mesma forma, procure um psicólogo ou terapeuta para entender melhor as causas desse ganho de peso e definirem um plano de ação efetivo.
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